quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A desinformatzia do sr. Olavo: China é a "nação líder do globalismo"

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A Olavosfera não passa de Americanosfera 


  Não bastassem as tentativas de encobrir qualquer papel israelo-sionista no que tange a ações globais, em face a um projeto de poder judaico transnacional, agora o sr. Carvalho se lança a cruzada de mostrar que a "China" seria o pólo propulsor do "Globalismo". 

 Pois vejamos: segundo Olavo existem três poderes globais competindo pelo controle mundial atualmente, quais sejam:

1- O globalismo ocidental: segundo o mesmo ele estaria ligado às megampresas capitalistas ocidentais e a uma elite política-econômica ocidentalista fabianista que teria no fundo, o objetivo de dirigir o mundo para um metacapitalismo, ou seja, um capitalismo monopolista sustentado por uma "política socialista" de controle quase total do mercado global em favor dessas mega empresas (no fundo esse processo, segundo Olavo, daria num socialismo). 

2- O bloco sino-russo. O governo de Moscou e de Pequim estariam associados para impor um modelo de socialismo ligado a suas elites militares-burocráticas. 

3- O Islamismo que com a sua guerra santa desejaria provocar o reaparecimento do califado impondo-o mundialmente. 

  Mas agora é a China quem é a "líder do globalismo"!  Vejam



  A mudança repentina pode ter ligação seu apoio intransigente a Trump - que prometeu uma guerra comercial com a China (In: https://br.sputniknews.com/mundo/201708189145493-trump-provoca-guerra-comercial-china/). A narrativa da olavosfera sempre é modelada pela necessidade do momento no que diz respeito ao discurso exigido quando o Partido Republicano dos EUA chega ao poder. Como Trump e seu partido assumiram tal postura é normal que Olavo tente "justificá-la" perante seu dócil rebanho. O que é importante enfocar é que, tempos atrás, Olavo dava a liderança do globalismo ao então chamado "segundo grupo" ( Em que o primeiro é  "A elite governante da Rússia e da China, especialmente os serviços secretos desses dois países."...o segundo "A elite financeira ocidental, tal como representada especialmente no Clube Bilderberg, no Council on Foreign Relations e na Comissão Trilateral"...e o terceiro "A Fraternidade Islâmica, as lideranças religiosas de vários países islâmicos e também alguns governos de países muçulmanos"...In: http://conspiratio.blogs.sapo.pt/77171.html). 

  Para o sr. Carvalho o segundo grupo "está mais avançado na consecução de seus planos de governo mundial, coloca-se explicitamente acima de quaisquer interesses nacionais, inclusive os dos países onde se originou e que lhe servem de base de operações". Quer dizer: o bloco ocidental estaria mais próximo de estabelecer seu controle global o que poria China e Rússia, junto aos muçulmanos, atrasados em seus projetos respectivos. Outrossim Olavo destaca que o grupo ocidental não se articula em torno de um país mas em torno de elites transnacionais. A ligação destas elites com interesses dos EUA ou mesmo da Europa é, maliciosamente, descartada para tirar a responsabilidade de cima da tradição americana a fim de legitimar a pretensão de Carvalho - exposta no debate com A. Dugin - de que são setores da vida dos  EUA os "bastiões da resistência antiglobal". Todavia nós já demonstramos aqui - http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2015/12/serie-olavo-mentiu-para-mim-episodio-1.html - que isso não é verdade dado que os agentes do globalismo estão presos à tradição política, econômica e moral americana de forma total

  Importa destacar um trecho do artigo acima referido que mostra a associação direta entre EUA/Empresas americanas/Política-sociedade americana/elite globalista: 

  "Hoje a pauta das grandes corporações é a pauta do Estado americano. Não há mais diferença alguma. Kevin Phillips em sua obra “ Wealth and Democracy: A Political History of the American Rich” diz que o dinheiro está no sangue da política americana. Desde meados do século 19 o interesse dos endinheirados desempenham o papel de árbitro da agenda política do Estado. O sistema de doações as eleições nos EUA tem um efeito corruptor pois torna o candidato prisioneiro dos financiadores. Em 2008 os principais candidatos a presidência precisaram arrecadar mais de 100 milhões de dólares para tocar suas campanhas. Os sujeitos que tem controle de megaempresas doam omas gigantescas e depois cobram a conta. As barreiras financeiras para o cargo mais alto do mundo – o de presidente dos EUA – são tão altas que é impossível que alguém as supere sem aliados ricos e poderosos do setor estatal e privado. Os dez maiores doadores para a campanha de Bush em 2004 foram: Morgan Stanley, Merril Lynch, Pricewaterhouse, UBS, Goldman Sachs, MBNA Corporation, Credit Suisse, Lehman Brothers, Citigroup e Bear Sterns.

  O que os doadores ganharam? Acesso a altos funcionários, cargos na Casa Branca, participação direta em missões especiais, intervenções de funcionários americanos nos fóruns globais de economia para ajustar regras de mercado aos interesses destas empresas, esforços para evitar sanções comerciais as empresas, ajuda com a OMC para aumentar ou derrubar tarifas, etc.

  Assim fica claro que o Consórcio Globalista – embora inclua interesses de megaempresários asiáticos e europeus também – é majoritariamente americano e majoritariamente apoiado e promovido pelo Estado americano".

  Quanto a China cabe esclarecer que: 

1- É brutalmente evidente o fato de que Olavo tende a passar uma imagem dos EUA como "vítima" em face ao mundo (uma operação ideológica bem semelhante àquela feita pela esquerda). O "Tio Sam" é sempre apresentado sob a ótica de um estado-nação altamente moral, decente, justo a sofrer ameaças de "forças malignas": assim a depravação interna da sociedade americana (enxameada de sexismo, pornografia, cultura LGBT, seitas, amor desordenado ao dinheiro, etc) é responsabilidade de "ações da KGB para corromper a moral do povo", os desajustes no Oriente Médio nunca são fruto de ações geopolíticas desastrosas do estado americano e seu apoio subterrâneo a grupos jihadistas, mas tão só culpa do Islão que acaba impondo aos EUA o papel de "polícia do Oriente" e o crescimento da China nada tem a ver com o apoio econômico estadunidense ao mercado chinês, mas sim apenas a uma trama comunista anti-americana onde a sociedade americana é representada como uma "jovem virgem" atacada por um estuprador voraz. 

2-Outrossim Olavo dá a entender que os EUA "lutam com espadas" enquanto que a China luta com bombas nucleares. Nada é dito quanto as dezenas de bases militares americanas espalhadas em todos os continentes e em ilhas de todos os oceanos. Nada é dito quanto ao fato de os EUA terem porta aviões estacionados nas áreas oceânicas mais estratégicas, nada é dito quanto ao uso intensivo de drones por parte dos EUA para ações "antiterror" e de espionagem. Os ataques com drones provocam um cenário incomum, em que os EUA realizam operações militares no território de países contra os quais não está oficialmente em guerra, como já ocorreu no Paquistão e na Somália. Isso evidencia a quebra do conceito de soberania nacional sem a justificativa oficial de um conflito. Ora, quebrar a soberania nacional não é algo típico de impérios com pretensões globais? É a China quem lidera tal processo de intervenção global via drones? Como ela pode ser tida como nação líder do globalismo enquanto os EUA  são desculpados por uma série de negativas? 

3- A China é muito dependente do dólar americano. Ela vive a emitir títulos da dívida pública americana a fim de angariar a confiança de investidores internacionais para conseguir fundos a juros mais baixos. Os grupos empresariais estatais dependem fortemente deste tipo de operação para obter financiamentos. Em geral a emissão de títulos aumenta quando agências de classificação - todas elas situadas no Ocidente! - rebaixam a China. Então que poder global tem a China se ela depende destas agências, do dólar americano e dos bancos ocidentais para se financiar? Ela é mesmo a líder global? Ainda que seu poder comercial tenha aumentado muito nas últimas décadas, a China está longe de comandar o pólo financeiro global que é quem dirige, desde os EUA, sobretudo, o caminho da economia mundializada. 

  A tentativa de apresentar a China como líder do globalismo falhou!





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